Pesquisa realizada para levantar informações sobre conhecimento da população brasileira sobre a dengue.
Foram realizadas 2.000 entrevistas, representativas da população acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, entre os dias 26 de junho e 31 de julho, aplicadas por telefone.
Margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%.
feminino
masculino
Ensino
fundamental
Ensino
médio
Ensino
Superior
Aumento significativo na lembrança da dengue quando se pergunta sobre surtos recentes, chegando a 67% de respostas espontâneas.
Homens:
71%
Classe A:
81%
Teve dengue:
73%
Escolaridade
fundamental:
64%
Região Norte:
54%
lembraram da DENGUE quando estimulados
Cerca de 3 em cada 10 entrevistados já tiveram dengue pelo menos uma vez e, no geral, cerca de 7 em cada 10 conhecem alguém que já teve. Maior incidência de pessoas que já tiveram dengue nas regiões NE e menor no SUL. A maioria teve apenas uma vez.
SIM
SIM
1 vez
2 vezes
3 ou mais
Aumento significativo na quantidade de pessoas que tiveram mudança de atitude após pegar a dengue. Essa atitude ocorre com maior frequência no sentido de evitar acúmulo de água parada.
Dos 31% que
tiveram dengue,
70%
fizeram alguma mudança
em
casa após terem
a doença.
Aumentou a consciência de que a dengue pode levar à morte, bem como houve aumento do medo em relação ao contágio.
É baixo o percentual de respondentes que declara não saber a forma de contágio da dengue. Cerca de 3 em cada 4 respondentes associando à picada do mosquito, enquanto 1 em cada 4 associam à água parada.
45 a 54 anos: 81%
Teve dengue: 84%
Classe A: 85%
Classe B: 83%
Escolaridade
superior:
81%
Região Sul: 82%
18 a 24 anos:
60%
Região N:
70%
Classes C:
70%
Ensino fundamental:
67%
Aumenta a quantidade daqueles que sentem algum risco de pegar dengue, deixando a amostra bem dividida após diminuição dos que eram indiferentes com a doença.
18 a 24 anos
67%
Classe B
61%
Ensino superior
61%
É grande a assertividade para os locais com maior risco de contágio, mas no geral a maior parte dos respondentes tende a associar o risco de contágio a todas as condições apresentadas, com exceção de cidades de clima frio.
Cerca de 7 em cada 10 respondentes não sabem dizer quantas vezes uma pessoa pode pegar dengue, o que representa um aumento em relação à onda anterior.
1 vez
2 vezes
3 vezes
4 vezes
Um número ilimitado
Não sabe
[média 4,5 vezes]
Aumentou significativamente a percepção do público a respeito do crescimento dos casos de dengue, justificado principalmente pela falta de cuidados no dia a dia.
Se mantiveram iguais
aumentaram
diminuíram
Falta de cuidados das pessoas no dia a dia/deixaram de se preocupar com higiene
Divulgação na mídia sobre aumento de casos
Muita chuva/não frequentar parques em dias de chuva
Foco somente na Covid, esqueceram da dengue/ outras doenças
Acúmulo de lixo/lixo em terrenos baldios/descarte incorreto do lixo
Descaso do poder público/negligência da Prefeitura/Governo
Falta de cuidados com água parada
Muitas pessoas estão/ contraíram a doença/ amigos/parentes
Feminino:
42%
35 a 44 anos:
42%
Classe A:
46%
Classe B:
43%
Ensino superior:
46%
Região Sul:
56%
O conhecimento a respeito dos sintomas está focado naqueles que são mais comuns nos casos de dengue: febre e dor no corpo, além de dor de cabeça, que apresentou queda no período.
Ao desconfiar que está com dengue, o mais comum é buscar cuidados especializados, seja marcando uma consulta, indo a um posto de saúde, pronto-socorro ou fazendo exames. A automedicação não é a 1ª opção.
O tratamento medicamentoso é a principal lembrança dos entrevistados, assim como tomar muito líquido e fazer repouso.
A conscientização sobre o controle da dengue é maior e quase todos afirmam que é possível de ser feito. Somente 4% acham que a dengue não pode ser evitada, principalmente por não ter controle sobre os outros e/ou sobre o mosquito.
Para se prevenir, o principal foco da população é não deixar água parada, cuidado que é feito por 69% dos entrevistados, sendo realizado diariamente pela maioria.
AÇÕES DE PREVENÇÃO
(entre quem considera que a dengue pode ser evitada) | |
---|---|
Não deixa água parada | 77% |
Mantém limpeza no quintal de casa | 23% |
Evita deixar água parada nos “pratos” de vasos de plantas | 20% |
Mantém limpeza dentro da casa | 16% |
Mantém as caixas d’água ou reservatórios de água tampados | 15% |
Não deixa lixo/entulho acumulado | 15% |
Usa repelente | 12% |
Deixa as garrafas com a boca para baixo/cuidado com garrafas | 8% |
Coloca areia nos “pratos” de vasos de plantas | 7% |
Mantém os ralos sempre limpos | 2% |
FREQUÊNCIA QUE REALIZA AS AÇÕES
diário |
---|
84% |
50% |
72% |
79% |
77% |
85% |
41% |
78% |
27% |
55% |
semanal |
---|
12% |
42% |
20% |
19% |
6% |
13% |
19% |
9% |
39% |
40% |
Cerca de metade dos respondentes consideram que os cuidados com a dengue durante a pandemia diminuíram.
CUIDADOS COM A DENGUE DURANTE A PANDEMIA
55 anos ou mais:
35%
Norte
39%
Ações realizadas foram mais percebidas no período, campanhas no posto de saúde e distribuição de panfletos.
Cerca de 1 em cada 3 respondentes costumam buscar informações sobre dengue, principalmente na internet ou nos postos de saúde.
Aumento significativo na quantidade de respondentes que lembram de ter visto propaganda sobre dengue. TV aberta segue sendo o principal veículo.
Nível de interesse em receber informações sobre dengue segue estável no período, porém todos os veículos foram mencionados com menor intensidade.
Cerca de 3 em cada 4 respondentes costumam checar a veracidade das informações, principalmente no Google ou em sites de notícias. A grande maioria nunca recebeu mensagens falsas a respeito de dengue.
67% lembrança espontânea de surtos recentes.
90% compreensão do Brasil como local com alta incidência de dengue
A consciência de que a dengue pode levar à morte aumentou, assim como o medo de contágio.
A pesquisa observou um considerável número de pessoas que mudaram suas atitudes após contraírem dengue, com foco em evitar o acúmulo de água parada.
O nível de informação sobre a dengue e seus sintomas é alto, mas muitos ainda desconhecem o número de vezes que se pode contrair a doença. Procurar informações sobre a dengue na internet ou em postos de saúde tornou-se comum.
A percepção das ações governamentais, como visitas de agentes de saúde e distribuição de panfletos, aumentou no período pesquisado, sinalizando ampla visibilidade dessas iniciativas.