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IPSOS 2023

Dengue: o impacto da doença no Brasil

Pesquisa Dengue - Agosto/2023.

Pesquisa realizada para levantar informações sobre conhecimento da população brasileira sobre a dengue.​​

Foram realizadas 2.000 entrevistas, representativas da população acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, entre os dias 26 de junho e 31 de julho, aplicadas por telefone.

Margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%.​

PERFIL DA AMOSTRA

Sexo

52% feminino

feminino

48% masculino

masculino

Idade

grafico idade
grafico idade
grafico idade
grafico idade
grafico idade

Classe

25%

A e B

47%

C

28%

D e E

Escolaridade

45% lapis

Ensino
fundamental

38% livros

Ensino
médio

17% capelo

Ensino
Superior

Região

Perspectiva da população sobre a dengue

Aumento significativo na lembrança da dengue quando se pergunta sobre surtos recentes, chegando a 67% de respostas espontâneas.

LEMBRANÇA ESPONTÂNEA DE SURTOS RECENTES

DENGUE
67%
CHIKUNGUNYA
25%
FEBRE AMARELA
16%
H1N1
15%
GRIPE COMUM
10%
ZYCA
9%
SARAMPO
7%
OUTRAS
20%

MAIOR citação entre

Homens:

71%

Classe A:

81%​

Teve dengue:

73%

MENOR citação entre

Escolaridade
fundamental:

64%

Região Norte:

54%​

99% dos respondentes

lembraram da DENGUE quando estimulados​

CONTATO COM A DENGUE

Cerca de 3 em cada 10 entrevistados já tiveram dengue pelo menos uma vez e, no geral, cerca de 7 em cada 10 conhecem alguém que já teve. Maior incidência de pessoas que já tiveram dengue nas regiões NE e menor no SUL. A maioria teve apenas uma vez.

Conhece quem teve

69%

SIM

Já teve Dengue

31%

SIM

N/CO​
38%​
NE
48%​
SE
22%
SUL
16%

Quantas vezes (espontâneo​)

69%

1 vez

23%

2 vezes

6%

3 ou mais

Em média
1,5
vezes
Média por região​
N/CO​
1,47
NE
1,49
SE
1,37
SUL
1,69

MUDOU ALGO EM CASA APÓS TEREM A DOENÇA

Aumento significativo na quantidade de pessoas que tiveram mudança de atitude após pegar a dengue. Essa atitude ocorre com maior frequência no sentido de evitar acúmulo de água parada.

Não mudou nada/Não lembra
30%
Cuidado com água acumulada/recipientes com água
27%
Mantém caixas d’água ou reservatórios de água sempre tampados
12%
Evita deixar água parada nos “pratos” de vasos de plantas
11%
Aumentou a limpeza no quintal de casa
10%
Deixa garrafas com a boca para baixo/Cuidado com garrafas
8%
Coloca areia nos “pratos” de vasos de plantas
8%
Cuidado com o lixo
5%
Aumentou a limpeza dentro de casa
4%
Uso de repelente (nas áreas expostas do corpo)
2%
Mantém calhas (lugar onde escoa a água do telhado) sempre limpas
2%
Mantém ralos sempre limpos
2%

Dos 31% que
tiveram dengue,
70%
fizeram alguma mudança
em casa após terem
a doença​.

PERCEPÇÕES GERAIS SOBRE A DENGUE

Aumentou a consciência de que a dengue pode levar à morte, bem como houve aumento do medo em relação ao contágio.

FORMAS DE CONTÁGIO​

É baixo o percentual de respondentes que declara não saber a forma de contágio da dengue. Cerca de 3 em cada 4 respondentes associando à picada do mosquito, enquanto 1 em cada 4 associam à água parada.

Picada do mosquito
74%
Água parada
25%
Água contaminada
4%
Contato de pessoa para pessoa (aperto de mão, abraço sangue, DST,...)
2%
Lixo/lixo acumulado
1%
Falta de higiene/sujeira
1%
Não sabe/não lembra
5%

MAIOR citação entre

45 a 54 anos: 81%

Teve dengue: 84%

Classe A: 85%

Classe B: 83%

Escolaridade
superior: 81%

Região Sul: 82%​

MENOR citação entre

18 a 24 anos:

60%

Região N:

70%​

Classes C:

70%

Ensino fundamental:

67%

riscos DE CONTÁGIO​​

Aumenta a quantidade daqueles que sentem algum risco de pegar dengue, deixando a amostra bem dividida após diminuição dos que eram indiferentes com a doença.

Chances de contágio

Se sente totalmente seguro
9%
Se sente seguro, mas acredita que exista uma chance de pegar
44%
53% se sentem
seguros
Não sabe/ não se preocupa com a chance de pegar
5%
Não se sente seguro, acha que existe uma chance de pegar
25%
Se sente totalmente em risco de pegar dengue
18%
43% não se sente seguros

MAIOR citação entre

18 a 24 anos

67%

Classe B

61%​

Ensino superior

61%​

SITUAÇÕES DE MAIOR RISCO DE CONTÁGIO​​

É grande a assertividade para os locais com maior risco de contágio, mas no geral a maior parte dos respondentes tende a associar o risco de contágio a todas as condições apresentadas, com exceção de cidades de clima frio.

Pessoas com maior risco de contágio

Que moram onde tem água acumulada
99%
Que moram em ambientes sujos
97%
Que moram em lugares sem saneamento básico
97%
Com imunidade baixa
88%
Que não usam repelente
83%
Crianças
80%
Que moram em cidades grandes ou capitais
79%
Que moram em cidades com clima quente
79%
Mais velhas/os idosos
77%
Que moram em cidades do interior
76%
Que nunca tiveram dengue
73%
Adultos saudáveis
64%
Que moram em cidades com clima frio
46%

REINCIDÊNCIA DA DENGUE​

Cerca de 7 em cada 10 respondentes não sabem dizer quantas vezes uma pessoa pode pegar dengue, o que representa um aumento em relação à onda anterior.

Quantas vezes uma pessoa pode pegar dengue

3%

1 vez

8%

2 vezes

7%

3 vezes

2%

4 vezes

12%

Um número ilimitado

69%

Não sabe

[média 4,5 vezes]

DENGUE ENTRE 2022 E 2023

Aumentou significativamente a percepção do público a respeito do crescimento dos casos de dengue, justificado principalmente pela falta de cuidados no dia a dia.

ENTRE 2022 E 2023, OS CASOS DE DENGUE:

40%

Se mantiveram iguais

37%​

aumentaram

23%

diminuíram

37%

Falta de cuidados das pessoas no dia a dia/deixaram de se preocupar com higiene

8%

Divulgação na mídia sobre aumento de casos

6%

Muita chuva/não frequentar parques em dias de chuva

21%

Foco somente na Covid, esqueceram da dengue/ outras doenças

8%

Acúmulo de lixo/lixo em terrenos baldios/descarte incorreto do lixo

6%

Descaso do poder público/negligência da Prefeitura/Governo

16%

Falta de cuidados com água parada

7%

Muitas pessoas estão/ contraíram a doença/ amigos/parentes

MAIOR citação entre

Feminino:

42%

35 a 44 anos:

42%

Classe A:

46%

Classe B:

43%​

Ensino superior:

46%​

Região Sul:

56%​

NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS SINTOMAS

O conhecimento a respeito dos sintomas está focado naqueles que são mais comuns nos casos de dengue: febre e dor no corpo, além de dor de cabeça, que apresentou queda no período.

3 Principais

Febre/febre alta
81%
Dor no corpo/dores musculares/corpo ruim
57%
Dor de cabeça
39%
Manchas avermelhadas no corpo
22%
Mal-estar/cansaço
13%
Náuseas, enjoo, vômito
13%
Dor atrás dos olhos
9%
Dor nas articulações
8%
Diarreia
3%
Não sabe/não lembra
8%

AÇÕES APÓS O DIAGNÓSTICO PRÉVIO​​​

Ao desconfiar que está com dengue, o mais comum é buscar cuidados especializados, seja marcando uma consulta, indo a um posto de saúde, pronto-socorro ou fazendo exames. A automedicação não é a 1ª opção.

Espontâneo

W2
W1
Procuraria um médico/marcaria uma consulta
57%
61%
Iria a um posto de saúde/UPA/UBS/PS/Hospital
39%
35%
Tomaria algum remédio que acredita resolver
7%
8%
Tomaria muito líquido (hidratação)
6%
5%
Faria exames
4%
3%
Ficaria de repouso/descanso/ficaria em casa
3%
3%
Mais endêmico: 91%
W1: 92%
Mais endêmico: 98%
W1: 93%
Em caso de suspeita de dengue, busque auxílio médico

COMO DEVE SER FEITO O TRATAMENTO

O tratamento medicamentoso é a principal lembrança dos entrevistados, assim como tomar muito líquido e fazer repouso. ​

Remédios para dor/febre - analgésico/antitérmico
34%
Tomar muito líquido
29%
Com remédios indicados por um médico
26%
Repouso/descanso
23%
Tem que ir ao hospital/posto de saúde/consulta médica
10%
Tem que tomar soro (acesso venoso)
8%
Alimentação/boa alimentação
4%
Com remédios que não precisam de receita médica
3%
Não sabe/não lembra
17%
Em caso de suspeita de dengue, busque auxílio médico

PREVENÇÃO DA DENGUE

A conscientização sobre o controle da dengue é maior e quase todos afirmam que é possível de ser feito. Somente 4% acham que a dengue não pode ser evitada, principalmente por não ter controle sobre os outros e/ou sobre o mosquito.

Dengue pode ser evitada

Por quais razões não acha que a dengue pode ser evitada

Não tem como controlar o cuidado dos outros
28%
Tem mosquitos da dengue em todos os lugares
27%
Não tem como controlar o mosquito
17%
Por mais que se evite, sempre existirá água parada
8%
Pode estar andando na rua e ser picado
5%
Não tem vacina contra a dengue
3%
Não sabe evitar
22%

Para se prevenir, o principal foco da população é não deixar água parada, cuidado que é feito por 69% dos entrevistados, sendo realizado diariamente pela maioria.

AÇÕES DE PREVENÇÃO

(entre quem considera que a dengue pode ser evitada)
Não deixa água parada 77%
Mantém limpeza no quintal de casa 23%
Evita deixar água parada nos “pratos” de vasos de planta​s 20%
Mantém limpeza dentro da casa 16%
Mantém as caixas d’água ou reservatórios de água tampados 15%
Não deixa lixo/entulho acumulado​ 15%
Usa repelente 12%
Deixa as garrafas com a boca para baixo/cuidado com garrafas 8%
Coloca areia nos “pratos” de vasos de plantas 7%
Mantém os ralos sempre limpos​​​​​ 2%

FREQUÊNCIA QUE REALIZA AS AÇÕES

diário
84%
50%
72%
79%
77%
85%
41%
78%
27%
55%
semanal
12%
42%
20%
19%
6%
13%
19%
9%
39%
40%
Em caso de suspeita de dengue, busque auxílio médico

Cerca de metade dos respondentes consideram que os cuidados com a dengue durante a pandemia diminuíram.​

CUIDADOS COM A DENGUE​ DURANTE A PANDEMIA​

39% Se mantiveram
iguais
31% Aumentaram
30% Diminuíram

MAIOR citação entre

55 anos ou mais:

35%

Norte

39%

AÇÕES REALIZADAS NA REGIÃO ONDE RESIDE

Ações realizadas foram mais percebidas no período, campanhas no posto de saúde e distribuição de panfletos.

Visitas de agentes comunitários
54%
Campanha no posto de saúde
51%
Distribuição de panfletos informativos nos postos de saúde
48%
Visitas nas casas para orientações de como evitar a dengue
48%
Visitas nas casas para verificar possíveis focos de dengue
47%
Carro fumacê passando nas ruas
25%
Palestras em escolas, empresas
24%
Distribuição de panfletos em casa
21%
Nenhuma/não viu nenhuma
16%
Em caso de suspeita de dengue, busque auxílio médico

BUSCA POR INFORMAÇÕES SOBRE DENGUE

Cerca de 1 em cada 3 respondentes costumam buscar informações sobre dengue, principalmente na internet ou nos postos de saúde.

Espontâneo

Internet (sites, páginas, Google etc.)
57%
Posto de saúde
40%
Jornal/revistas
14%
Redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube etc.)
13%
Agente comunitário
11%
TV aberta
9%
Médicos
3%
Rádio
3%
Folders
3%
Amigos/vizinhos/parentes
2%
Internet tende a ser mais citada quando os graus de instrução e de classe social são mais altos, enquanto posto de saúde e agentes comunitários, quando os graus de instrução e classe social são mais baixos.

RECALL DE COMUNICAÇÃO SOBRE DENGUE

Aumento significativo na quantidade de respondentes que lembram de ter visto propaganda sobre dengue. TV aberta segue sendo o principal veículo.

Viu Propaganda sobre dengue nos últimos 12 meses

Canais

TV aberta
66%
Posto de saúde
19%
Internet (sites, páginas, Google etc.)
12%
Redes sociais
12%
Rádio
11%
TV fechada
7%
Agente comunitário
6%
Jornal/revistas
5%
Carro de som (carro na rua)
3%

INTERESSE EM RECEBER INFORMAÇÕES SOBRE DENGUE

Nível de interesse em receber informações sobre dengue segue estável no período, porém todos os veículos foram mencionados com menor intensidade.

TEM INTERESSE EM RECEBER INFORMAÇÕES SOBRE DENGUE

Canais

TV aberta
57%
Redes sociais
54%
Agente comunitário
49%
Posto de saúde/agente de saúde
48%
Internet (sites, páginas, Google etc.)
48%
WhatsApp, SMS
44%
Médicos
38%
Rádio
35%
Jornal/revistas
34%
TV fechada
31%

PREOCUPAÇÃO COM FAKE NEWS

Cerca de 3 em cada 4 respondentes costumam checar a veracidade das informações, principalmente no Google ou em sites de notícias. A grande maioria nunca recebeu mensagens falsas a respeito de dengue.

Fontes que usam para checar informações

Verifica na internet - Google
36%
Verifica na internet - sites de notícias
26%
Procura algum profissional da saúde
19%
Espera para ver no jornal da TV
8%
Verifica com amigos/colegas
5%
Procura algum agente comunitário
4%
Não verifica
25%

Principais aprendizados

67% lembrança espontânea de surtos recentes.

90% compreensão do Brasil como local com alta incidência de dengue

Percepção do Risco:

A consciência de que a dengue pode levar à morte aumentou, assim como o medo de contágio.

Mudança de Atitude Pós-Dengue:

A pesquisa observou um considerável número de pessoas que mudaram suas atitudes após contraírem dengue, com foco em evitar o acúmulo de água parada.

O nível de informação sobre a dengue e seus sintomas é alto, mas muitos ainda desconhecem o número de vezes que se pode contrair a doença. Procurar informações sobre a dengue na internet ou em postos de saúde tornou-se comum.

A percepção das ações governamentais, como visitas de agentes de saúde e distribuição de panfletos, aumentou no período pesquisado, sinalizando ampla visibilidade dessas iniciativas.

Referências

  1. Conhecimento da população brasileira sobre a dengue. - Pesquisa Ipsos - JOB: 23-005817 -AGOSTO - 2023