Ela pode se desenvolver em um curto período após a infecção por qualquer um dos quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1/DENV-2/DENV-3/DENV-4), embora o DENV-2 seja o mais comumente associado a casos graves de doença.1,2
O risco de desenvolvimento da forma mais grave da doença depende de fatores relacionados ao paciente, ao vetor e ao vírus. Por exemplo, idade mais avançada e condições preexistentes, como diabetes, hipertensão, obesidade e doença renal crônica, aumentam o risco de doença grave e dificultam o diagnóstico e o tratamento adequado.2
Dor abdominal intensa
Respiração rápida
Fadiga
Inquietação
Extravasamento plasmático, que pode levar a choque e/ou acúmulo de líquido com/sem desconforto respiratório
Aumento do fígado
Sangue no vômito ou nas fezes
Sangramento nas gengivas ou nariz
Durante as 24-48 horas da fase crítica, pode haver piora súbita dos sintomas.
É quando a febre está baixando (abaixo de 38°C/100°F) que os sinais de alerta associados à dengue grave podem se manifestar.1
A detecção precoce e o acesso ao tratamento adequado podem reduzir as taxas de mortalidade da dengue grave para menos de 1%.1
Por isso, ao menor sinal de piora do quadro clínico da dengue, a pessoa deve ser levada imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que os cuidados médicos adequados sejam realizados, evitando assim, mais complicações e risco de morte.1
O vírus da dengue (DENV) apresenta quatro sorotipos distintos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), sendo qualquer um deles capaz de causar desde a dengue clássica, até a dengue grave (também conhecida como dengue hemorrágica ou febre hemorrágica da dengue). Basicamente, podemos dizer que, após a picada do mosquito Aedes aegypti, o vírus penetra na corrente sanguínea da pessoa, onde corre replicação viral e consequentemente, surgimento dos sinais e sintomas da doença. Mas, após alguns dias, o sistema imune começa a atuar contra o vírus, eliminando a infecção.4
Essa atuação do sistema imune é chamada de resposta humoral e produz anticorpos neutralizantes específicos para o sorotipo que causou a infecção. Ou seja, o organismo fica resistente a esse sorotipo. Além disso, também são produzidos anticorpos de reação cruzada para os demais sorotipos, mas essa proteção é temporária e, portanto, não terá ação neutralizante duradoura.4
Uma segunda infecção por um sorotipo diferente pode ser mais grave que a primeira. O motivo se deve à presença de anticorpos de reação cruzada, sem capacidade neutralizante.1,2
Além de não neutralizarem a ação do vírus, podem acelerar a sua entrada e replicação na célula e levar a uma resposta exacerbada com aumento do risco das formas graves. Como mencionado, esses anticorpos não neutralizantes preexistentes são decorrentes de infecção primária ou transferência materno-fetal.1,2
Estudos apontam que a infecção com um tipo de DENV diferente do tipo causador da infecção primária é o maior fator de risco para dengue grave. Além disso, idade, presença de comorbidades, o intervalo entre as infecções, as características dos anticorpos, fatores virais e genética específica do hospedeiro são fatores contribuintes para maior gravidade da doença.5
precisamos falar sobre a dengue