Pesquisa realizada para levantar informações sobre conhecimento da população brasileira sobre a dengue.
Foram realizadas 2.000 entrevistas, representativas da população acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país, entre os dias 19 e 30 de outubro, aplicadas por telefone.
Margem de erro é de 2pp, com intervalo de confiança de 95%.
feminino
masculino
Ensino
fundamental
Ensino
médio
Ensino
Superior
Apesar de ter sido citada de forma espontânea por menos de 40% da população, quando estimulada, praticamente 100% conhece a dengue, mesmo que de ouvir falar.
Mulheres:
42%
Ensino superior:
47%
Teve dengue:
51%
55 anos ou mais:
29%
Região Sul:
21%
D e E:
32%
lembraram da DENGUE quando estimulados
Por mais que quase todos conheçam, 30% das pessoas afirmaram já terem tido dengue. No geral, 70% das pessoas conhecem alguém que já teve. Maior presença de pessoas que já tiveram dengue no Norte/Centro Oeste e menor no Sul.
SIM
SIM
1 vez
2 vezes
3 ou mais
Por mais que quase todos conheçam, 30% das pessoas afirmaram já terem tido dengue. No geral, 70% das pessoas conhecem alguém que já teve. Maior presença de pessoas que já tiveram dengue no Norte/Centro Oeste e menor no Sul.
Dos 30% que tiveram dengue,
55% fizeram
alguma mudança em casa
após terem a doença.
Apesar de saberem que a dengue existe, várias informações básicas não são de pleno conhecimento da população. O ponto mais crítico é que 31% das pessoas acreditam que a dengue deixou de existir na pandemia.
A dengue é uma doença que pode levar à morte |
A pandemia fez você ter maior cuidado com sua saúde |
A dengue pode impactar sua qualidade de vida |
Tem medo dos seus familiares pegarem a dengue |
É uma doença com alto risco de pegar |
Tem medo de pegar a dengue |
A dengue deixou de existir na pandemia |
% | Média | Concorda % |
---|---|---|
|
4,64 | 89% |
|
4,56 | 87% |
|
4,36 | 81% |
|
4,29 | 78% |
|
4,08 | 70% |
|
4,00 | 69% |
|
2,42 | 31% |
1 Discorda totalmente
2
3
4
5 Concorda totalmente
Não sabe
Mais intenso em
Classes D e E: 44%
Classes A: 21%
Classes B: 19%
45 a 54: 37%
55+: 41%
Fundamental: 43%
A forma exata de contágio também não é de pleno conhecimento da população, apesar de já ser bem conhecida.
Classe A:
91%
Classe B:
83%
Teve dengue:
83%
55 anos ou mais:
68%
Região NE:
68%
Classes D e E:
66%
Ensino fundamental:
68%
18 a 24 anos:
76%
Sul:
70%
Mesmo tendo grande assertividade para os locais com maior risco de contágio, mais de 50% das pessoas associaram como situações de risco: pessoas que nunca tiveram dengue, mais velhas e imunidade baixa.
A quantidade de vezes possíveis para pegar dengue é desconhecida pela maioria.
59% declaram não saber.
1 vez
2 vezes
3 vezes
4 vezes
Um número ilimitado
Não sabe
[média 2,43 vezes]
A maioria acredita que o risco de contágio da dengue se manteve igual, mas 22% acreditam que diminuiu.
Se manteve igual
diminuiu
aumentou
A população tomou mais os cuidados/ficou mais em casa e cuidou mais/ não deixou água
Não ouviu mais falar em dengue
Toda doença agora é COVID-19/não tem casos de dengue
45 a 55 anos
26%
55+
31%
D e E
33%
Ensino fundamental
29%
Por ser uma doença com vários possíveis sintomas, tivemos um alto número de citações, com maior concentração na febre, dor no corpo e dor de cabeça.
Ao desconfiar que está com dengue, os cuidados especializados são buscados pela população (92%), seja marcando uma consulta, indo a um posto de saúde, pronto-socorro ou fazendo exames. Poucos se automedicam em casa.
Muitos acreditam que remédios são essenciais para o tratamento da dengue, sejam eles indicados por um médico ou para dor/febre. Mas, junto com isso, tomar muito líquido e repousar também são ações consideradas muito importantes e bem praticadas.
Dos 9% que acreditam que a dengue não pode ser evitada, “não tem controle sobre os outros” e “não tem controle sobre o mosquito” são citadas como principais razões. Poderia ser reforçado em campanhas para maior conscientização.
Para se prevenir, o principal foco da população é não deixar água parada, cuidado que é feito por 69% dos entrevistados, sendo realizado diariamente pela maioria.
AÇÕES DE PREVENÇÃO
.
(entre quem considera que a dengue pode ser evitada)
|
|
---|---|
Não deixa água parada | 69% |
Mantém limpeza no quintal de casa | 29% |
Evita deixar água parada nos “pratos” de vasos de plantas | 23% |
Mantém as caixas d’água ou reservatórios de água tampados | 21% |
Mantém limpeza dentro da casa | 20% |
Não deixa lixo/entulho acumulado | 19% |
Deixa as garrafas com a boca para baixo/cuidado com garrafas | 12% |
Coloca areia nos “pratos” de vasos de plantas | 10% |
Usa repelente | 7% |
Mantém os ralos sempre limpos | 5% |
Mantém as calhas sempre limpas | 4% |
FREQUÊNCIA QUE REALIZA AS AÇÕES
diário |
76% |
57% |
70% |
68% |
81% |
73% |
69% |
37% |
53% |
58% |
- |
semanal |
---|
18% |
34% |
20% |
9% |
17% |
21% |
15% |
24% |
21% |
30% |
- |
Para se prevenir, o principal foco da população é não deixar água parada, cuidado que é feito por 76% de forma diária.
AÇÕES DE PREVENÇÃO
(entre quem considera que a dengue pode ser evitada) | |
Não deixa água parada | 69% |
---|---|
Mantém limpeza no quintal de casa | 29% |
Evita deixar água parada nos “pratos” de vasos de plantas | 23% |
Mantém as caixas d’água ou reservatórios de água tampados | 21% |
Mantém limpeza dentro da casa | 20% |
Não deixa lixo/entulho acumulado | 19% |
Deixa as garrafas com a boca para baixo/cuidado com garrafas | 12% |
Coloca areia nos “pratos” de vasos de plantas | 10% |
Usa repelente | 7% |
Mantém os ralos sempre limpos | 5% |
Mantém as calhas sempre limpas | 4% |
FREQUÊNCIA QUE REALIZA AS AÇÕES
diário | semanal | quinzenal | mensal |
.
menos frequente
|
não sabe |
---|---|---|---|---|---|
76% | 18% | 1% | 1% | 1% | 2% |
57% | 34% | 3% | 3% | 1% | 1% |
70% | 20% | 2% | 2% | 0% | 7% |
68% | 9% | 1% | 1% | 12% | 2% |
81% | 17% | 1% | 1% | 1% | - |
73% | 21% | 3% | 3% | 1% | 2% |
69% | 15% | 1% | 1% | 2% | 7% |
37% | 24% | 11% | 11% | 5% | 13% |
53% | 21% | 2% | 2% | 12% | 3% |
58% | 30% | 5% | 5% | 3% | 1% |
- | - | - | - | - | - |
Cerca de metade dos respondentes consideram que os cuidados com a dengue durante a pandemia diminuíram.
CUIDADOS COM A DENGUE DURANTE A PANDEMIA
N / CO
55%
D e E
56%
Ensino fundamental
54%
Apenas 23% dos respondentes falaram não ter visto nenhuma ação da prefeitura/governo neste ano. Mesmo com as restrições da pandemia, muitos afirmaram ter recebido visitas e ter visto campanha em posto de saúde.
38% dos respondentes declaram ir buscar informações sobre a dengue principalmente na internet e em postos de saúde.
44% lembram de ter visto propaganda sobre dengue, principalmente, na TV aberta.
62% dos entrevistados querem receber informações sobre a dengue e estão abertos para diversos canais.
TOTAL | |
---|---|
BASE: NÃO PONDERADA | 1.236 |
(A) | |
75% | |
Agente comunitário | 74% |
Tv aberta | 73% |
Posto de saúde | 70% |
Internet ( sites, páginas, Google etc ) | UMLH |
Redes sociais (Facebook, Instagram, YouTube etc.) | 69% MLH |
Médicos | 66% |
GÊNERO | IDADE | CLASSES | ESCOLARIDADE | REGIÃO | PERFIL CIDADE | TEVE DENGUE | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Masculino | Feminino | 18 a 24 anos | 25 a 34 anos | 35 a 44 anos | 45 a 54 anos | 55 anos ou + | A | B | C | DE | Fundamental | Médio | Superior | N/CO | NE | SE | S | Menos endêmico | Mais endêmico | Sim | Não |
516 | 720 | 128 | 280 | 320 | 247 | 261 | 60 | 348 | 555 | 273 | 448 | 541 | 247 | 186 | 339 | 550 | 161 | 921 | 315 | 401 | 835 |
(B) | (C) | (D) | (E) | (F) | (G) | (H) | (I) | (J) | (K) | (L) | (M) | (N) | (O) | (P) | (Q) | (R) | (S) | (V) | (W) | (X) | (Y) |
78% C | 72% | 71% | 77% | 77% | 70% | 78% G | 73% | 76% | 72% | 77% | 72% | 78% M | 73% | 75% | 75% | 74% | 76% | 75% | 73% | 73% | 75% |
74% | 73% | 68% | 78% DG | 76% | 71% | 75% | 73% | 74% | 73% | 74% | 73% | 75% | 72% | 79% S | 75% | 72% | 70% | 75% W | 69% | 71% | 72% |
76% | 72% | 72% | 79% AG | 73% | 71% | 72% | 76% | 73% | 71% | 77% | 70% | 76% M | 77% M | 73% | 74% | 74% | 71% | 75% | 69% | 71% | 75% |
71% | 69% | 79% AGH | 84% AFGH | 73% GH | 65% H | 53% | 83% AKL | 76% AKL | 69% L | 62% | 59% | 76% | 82% | 74% Q | 65% | 72% Q | 69% | 70% | 71% | 73% | 69% |
68% | 70% | 79% AGH | 81% AFGH | 72% GH | 63% H | 53% | 78% L | 76% AKL | 68% | 63% | 60% | 76% | 76% AM | 71% | 68% | 69% | 72% | 69% | 69% | 71% | 68% |
69% | 64% | 67% | 72% G | 67% | 62% | 65% | 73% | 67% | 64% | 69% | 62% | 69% M | 70% M | 68% | 68% | 66% | 64% | 68% | 62% | 67% | 66% |
Por fim, quando questionados sobre a verificação de assuntos de saúde, buscando entender o quanto as fake news impactam a população, 81% disseram checar a veracidade das informações.
39% dos entrevistados lembram espontaneamente de surto de dengue nos últimos anos.
70% conhece alguem
que já teve dengue e 30% já tiveram
Há uma grande diferença entre as regiões geográficas
com relação à proporção da população que já contraiu a doença:
70% apenas uma vez e 6% tiveram
dengue 3 vezes ou mais.
91% acreditam que a dengue pode ser
evitada e 9% que não pode ser evitada.
12% desconhecem a forma de contágio da doença, principalmente entre as pessoas com menor grau de instrução (ensino fundamental).
59% desconhecem a quantidade de vezes que uma pessoa pode contrair a doença e 16% consideram que podem contrair um número ilimitado de vezes. Apenas 2% reconhecem que uma pessoa pode pegar dengue até 4 vezes.
Apesar de termos alta assertividade para os locais com maior risco de contágio, mais de 50% associaram como situações de risco: pessoas que nunca tiveram dengue, mais velhas e com imunidade baixa.
20% não sabem como é o tratamento.
Mesmo que a maioria acredite que o risco de contágio da dengue se manteve igual durante a pandemia da COVID-19, 22% acreditam que o risco diminuiu.
E ainda cerca de 1/3 dos entrevistados consideram que a dengue deixou de existir na pandemia, mais intenso na população acima de 45 anos, classes sociais D e E e com menor nível de escolaridade.
O fato de considerarem que a dengue deixou de existir nesse momento, pode levar ao relaxamento das ações preventivas, aumentando o risco de contraírem a doença.
Além disso, 57% se sentem seguros em relação à chance de pegar dengue.
Cerca de metade dos entrevistados consideram que os cuidados com a dengue diminuíram no cenário da pandemia. Esse percentual cresce para 54% na escolaridade fundamental; 55% na região N/CO e 56% na classe D/E.
77% lembram de alguma ação, principalmente ligada ao agente comunitário (visitas e inspeções) e campanhas nos postos de saúde.
44% lembram de comunicação sobre dengue e têm a percepção de ter visto na TV aberta.
38% declaram não buscar informações sobre dengue; quando o fazem, é principalmente por meio do Google e de postos de saúde.
62% têm interesse por meio de diversos canais, entre eles agentes comunitários, TV aberta, postos de saúde e internet, todos com 70% ou mais de citação.